10 de maio de 2010

A Função Psi e a Paranormalidade



Muitos já ouviram falar dos fenômenos paranormais e certamente já ouviram ou leram algum relato dessas ocorrências, seja numa conversa com amigos, num filme, livros ou mesmo já sentiram ou presenciaram esse tipo de fenômeno.

Há muita descrença e ceticismo em torno da veracidade desses fatos; muitas pessoas que já os testemunharam não raro preferem ficar em silêncio, por medo de críticas ou de serem chamadas de loucas, ou mesmo de serem alvo de zombaria.

O fato é que esses fenômenos parapsicológicos já foram amplamente estudados e o que se sabe é que certas pessoas possuem mentes capazes de realizar coisas muito estranhas e de obter informações de modos que a lógica é incapaz de explicar.

Há vários nomes para os indivíduos que possuem essas faculdades mentais: médiuns, pessoas sensitivas, paranormais, bruxos, videntes ou indivíduos psi.

As funções psi dividem-se basicamente em duas: psi-gamma, que diz respeito à percepção extra-sensorial, aos fenômenos mentais como telepatia, precognição (conhecimento do futuro), clarividência, retrocognição (conhecimento do passado sem uso de informações prévias) e a função psi-kappa, que se refere aos fenômenos físicos, às intervenções no ambiente ou sobre objetos sem a ação direta sobre eles, como manifestações de poltergeists, aportes, psicocinesia, etc.

Quem nunca sonhou com uma cena, um lugar, com pessoas desconhecidas e tempos depois esse sonho acontece em detalhes?
Ou então visitamos um lugar pela primeira vez e nos lembramos que já o conhecíamos em sonho?
Ou ainda, num dia qualquer, reconhecemos aquela pessoa que vimos em sonho ou numa visão em estado de vigília e ficamos perplexos ao sermos apresentados a ela e ainda termos que fingir naturalidade?
Quem nunca “adivinhou” como era a personalidade de um estranho que nos foi apresentado e foi capaz de saber o que ele estava pensando, sentindo e vivendo?
Quantas vezes entramos num lugar e somos capazes de descrever cenas, pessoas e fatos que se passaram ali e que depois são confirmados por vizinhos ou por outros que estavam lá na ocasião desses fatos?

Pessoas com essas estranhas capacidades mentais são os indivíduos psi-gamma, capazes de obter informação a respeito de alguém, de um lugar, de um fato, de um objeto, à distância no espaço e no tempo como também de “ler” e conhecer a personalidade, o pensamento e o sentimento de outros sem que haja dicas ou informações anteriores.

Os indivíduos psi-gamma experimentam muitas vezes grande angústia com seu conhecimento extra-sensorial. Não que os fenômenos físicos não sejam incômodos e indesejáveis, mas aqui, como se trata de conhecimento e informação à respeito de coisas e pessoas, que por meios naturais e normais nunca se obteria, as questões do livre-arbítrio, destino, inevitabilidade de fatos, medo, ansiedade, intervenção ou mesmo culpa pela não ação sobre o que se sabia que iria ocorrer são pontos que sempre são tocados dentro da mente e do coração de alguém com essas capacidades.

São poderes, dons ou um fardo na vida de quem os experimenta?

Vários autores, espiritualistas ou cientistas, que estudam os fenômenos paranormais, acreditam tratar-se de um dom, que deve ser usado para ajudar outras pessoas, orienta-las em suas ações, decisões, assim como meio do próprio indivíduo psi encontrar seus melhores caminhos a seguir na vida.
Já outros acreditam tratar-se de um problema, um peso a ser carregado, por ser antinatural e prejudicial à saúde psíquica da pessoa que produz esse tipo de fenômeno.

Ambos estão certos, creio eu.

O indivíduo psi do tipo gamma é como uma antena em pleno funcionamento: ele é capaz de captar informações que se encontram distantes, no espaço e no tempo, ocultas e assim ter conhecimento daquilo que outras pessoas não sabem.
Pode penetrar no inconsciente de quem está a sua volta, principalmente daqueles que também possuem um tipo de paranormalidade, por ser este um indivíduo de inconsciente aberto, mas também é capaz de transmitir contra sua vontade suas próprias informações, se ainda não conhece certas técnicas de auto-proteção.
Nada impede que também possam manifestar ocorrências do tipo psi-kappa; isto pode se dar em maior ou menor escala.

O paranormal desse tipo frequentemente tem sonhos repletos de símbolos, de uma riqueza de detalhes que impressiona; seu inconsciente é um universo rico, povoado de arquétipos e de conflitos; pega no ar as coisas, tem intuição fortíssima e frequentemente é o primeiro a perceber o que ninguém percebeu e que talvez jamais irão notar.

Tem visões, pressentimentos ou precognições (premonições) parciais ou completas; “vê” ou “ouve” frases, conselhos, cenas vindas não se sabe de onde e que não fazem parte de seu repertório intelectual, nem de seu meio, nem de suas memórias; sente muitas vezes o que o outro está sentindo ou pensando e todos esses fenômenos geralmente são de grande carga emotiva, o que o desnorteia e muitas vezes o isola, fazendo com que o indivíduo se sinta diferente, incompreendido e estranho no meio das outras pessoas.

Frequentemente são pessoas críticas, de inteligência acima da média, criativas, sensíveis e em grande parte dos casos são diagnosticadas como portadoras de alguma doença mental ou neurose grave e se isso não ocorre, são vistas como excêntricas e esquisitas.

E para quem ingenuamente acredita que a Inquisição acabou, saiba que ela continua com toda sua força, interrogando, classificando, prendendo, medicando, julgando, segregando, isolando e zombando de pessoas que não se adequaram aos comportamentos esperados, comportamentos esses que não incluem a faculdade parapsi, colocando o indivíduo nas fogueiras morais da chacota, do descrédito, da incompreensão e do isolamento, na melhor das hipóteses, e na pior delas, nas clínicas psiquiátricas e hospitais.

Esses mesmos inquisidores, donos de uma suposta verdade científica, filhos da lógica, do sensato, do plausível, do saber supremo e do racional, sentados em suas cadeiras de luxo nas universidades ou nos grandes consultórios, céticos e desinteressados por qualquer coisa que não esteja dentro de sua forma de ver e compreender o mundo, não explicam como, por exemplo, um sonho pode se concretizar em todos os detalhes na vida real, com os mesmos fatos, cenas e personagens, e assim eles restringem-se apenas a dar de ombros e dizer que não passam de mera coincidência, ignorando até a própria lei das probabilidades.

Esses mesmos céticos, talvez no fundo se incomodem com o que não podem explicar dentro de suas convicções e saberes, ao invés de partirem para a investigação do que é até então desconhecido ou inexplorado.

Há ainda os inquisidores que se apoiam exclusivamente em sua ignorância, em sua falta de entendimento, em suas vidas fúteis e na total falta de interesse nos assuntos e manifestações do inconsciente. Nunca experimentaram nada além do visível, do previsível e comum e por isso já possuem respostas prontas e vazias para qualquer relato de um fenômeno paranormal, julgando também como loucas ou mentirosas aquelas que dizem ter passado por algo incomum e que sua mente medíocre é incapaz de compreender.

A pessoa que possui faculdades parapsicológicas sofre, muitas vezes, um desequilíbrio em sua psique; não raro muitos entram em depressão ou desenvolvem algum quadro de sintomas de perseguição ou de fobias, o que facilita ainda mais as atividades parapsicológicas, pois elas são oriundas do inconsciente.
É um processo que se auto-alimenta: desequilíbrio psíquico – fenômeno - desequilíbrio psíquico, podendo começar também pelo fenômeno.

Acredito não em cura, se é que se pode usar essa palavra, mas na tentativa de um bom convívio com essas manifestações.
Elas costumam aparecer desde a infância, persistindo na adolescência e na vida adulta, com mais ou menos frequência, mas nunca deixando de ser intrigante e muitas vezes incômoda.
Com o tempo, adquire-se um certo costume com esses fatos e a maneira de encará-los e de lidar com eles é que fará toda a diferença ao longo da vida.

Existe também, no caso das premonições ou das telepatias, o fato da ética pessoal: se deve-se contar às pessoas o que viu, o que sentiu, o que ouviu, principalmente quando se refere a acontecimentos que ainda estão por vir ou que estão ocorrendo de forma oculta e há sempre a dúvida de que se esses fatos fossem revelados, poderiam ser evitados, no caso dos negativos.

Por isso muitos paranormais acabam fazendo uso de algum método oracular que lhe sirva de suporte, para que parte de suas experiências possam, junto com o método, fluirem e assim, poder ajudar os outros e a si mesmo.

Essa questão da ética é de extrema importância, uma vez que envolve não só o indivíduo que vê, mas o outro ou os outros protagonistas das cenas, das clarividências e das informações telepáticas.
Pode-se optar pelo silêncio ou contar, mas ambas as posturas são de muita responsabilidade.

O paranormal precisa entender o que se passa com ele e nunca se ver como alguém dotado de poderes, o que pode torná-lo arrogante ou presunçoso e nem ver a si mesmo como doente ou um ser “extraterrestre”.
A pesquisa, o estudo e a procura do equilíbrio pessoal diante da ocorrência dos fenômenos psi devem ser cultivados e estes devem ser encarados como parte integrante de sua mente, de sua personalidade, para que assim seja possível desenvolver técnicas para que esses fenômenos ajam a seu favor e que possam também ajudar outras pessoas.

Dividir experiências com outros que também passam pelo mesmo problema também é muito positivo e gratificante e procurar ajuda de pessoas capacitadas e mais experientes diminui o sentimento de estranheza, o medo e a ansiedade quando esses fenômenos ocorrem.

A Parapsicologia tem se desenvolvido muito, mas infelizmente no nosso país ainda é uma ciência vista com muita desconfiança ou desprezo e muitas vezes os fenômenos psi são tratados pelo ângulo das religiões e das superstições, contribuindo para um maior atraso e mistificação das ocorrências.

Muito preconceito e ignorância ainda cercam esses assuntos, mas acredito que num futuro breve, a paranormalidade será estudada e encarada com seriedade e as pessoas que possuem dons especiais serão vistas com todo o respeito que merecem.

2 comentários:

  1. Oi boa noite!eu sou priscila R de almeida...
    estou triste,eu nao entendo.problema e confusao!minha amiga a aline falso comigo,eu gosto muito d vc aline alves moreiar.Responder-me

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  2. NAO pode ser ! Eu juro que voce tirou as palavras da minha boca . Nao to zuando , ha uns dias atraz eu tava refletindo exatamente sobre isso e como a razão e a logica nao explicam as coisas

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