De preferência, assistam ao vídeo
abaixo, para depois lerem minha postagem, por razões que vocês verão depois.
É um episódio da fabulosa série
The Twilight Zone, da década de 60, concebida pelo gênio Rod Serling, e que serve
de reflexão sobre o tema da Beleza, entre tantas outras coisas.
O episódio chama-se ”The Eye of
Beholder”.
Série que sou incondicionalmente apaixonada, com música de Bernard Herrmann, e este é um dos meus episódios favoritos, entre outros.
Prestem atenção! É emocionante e
lindo.
Para aqueles que nunca o
assistiram, peço que prestem atenção aos diálogos e ao contexto da história.
E o quanto dela acontece nos dias de hoje.
É demais! Uma obra-prima.E o quanto dela acontece nos dias de hoje.
Em inglês, legendado em
português:
http://www.youtube.com/watch?v=gKmoOQnaFm0
REFLEXÕES......
O assunto ”beleza” veio ao meu encontro, várias vezes nos últimos
dias, e por causa disso senti uma enorme necessidade de escrever sobre o que é a Beleza.Talvez sejam sincronicidades surgindo....
A primeira dessas visitas do tema girou em torno de um grande amigo que tenho e que acho um homem muito
bonito.
E eis minhas razões: ele é
diferente, inteligente, crítico, um homem que vê o que ninguém percebe, é
intuitivo, exótico, autêntico; os gestos e o olhar são únicos e é aquele tipo
de homem tão complexo, enigmático e original que é impossível que não seja
notado onde quer que ele esteja.Enfim, ele é mágicko.
Mágicko no sentido de passar para outros suas virtudes, mas às poucas pessoas que as percebem.
A segunda vez que o tema veio foi
por causa desse episódio da série “The Twilight Zone”, que revi na internet esses
dias e que posto acima e abaixo para quem se interessar.
O episódio se chama ”The Eye of Beholder” e trata da beleza sob o ponto de vista de quem observa, a beleza subjetiva ou ela através de padrões estabelecidos.
É um lindo episódio e vale a pena assisti-lo.
O episódio se chama ”The Eye of Beholder” e trata da beleza sob o ponto de vista de quem observa, a beleza subjetiva ou ela através de padrões estabelecidos.
É um lindo episódio e vale a pena assisti-lo.
E também fiquei sabendo de uma
notícia: que um morador de rua de São Paulo, cidade onde moro, estava
mobilizando e emocionando toda a cidade, para que ele saísse das ruas e
encontrasse logo um lugar para morar, atenção e preocupação jamais dispensada aos
outros sem-teto e tudo isso só pelo fato de ele ser considerado pela maioria....um homem bonito, por
ser jovem, loiro, de olhos azuis, com corpo escultural e traços europeus!
Enquanto isso, os sem-teto “feios”, continuarão morando nas ruas, sem que ninguém se mobilize para tentar resolver seus problemas!!
E a quarta vez que o tema me voltou foi num
texto de Rogério Hetmanek sobre flores e ikebana, envolvendo o Belo, o Bem e a Verdade.Enquanto isso, os sem-teto “feios”, continuarão morando nas ruas, sem que ninguém se mobilize para tentar resolver seus problemas!!
O texto dizia o seguinte: “para compreender o que é o belo é fundamental que se entenda, antes, que ele é a materialização do Bem que, por sua vez, é a manifestação da ação da Verdade. Esta, em última análise, é o estado natural do ser na sua totalidade, considerando as suas realidades invisível, perceptível e visível, ou seja, sua missão, suas funções e sua forma, respectivamente.”
Gostei muito dessa definição.
Então, tudo parte de uma Verdade
e esta ӎ o estado natural do ser em sua
totalidade”.
E no dia a dia, aqui e acolá,
vejo as capas de revistas, fotos em internet, pessoas circulando em todos os
lugares, gentes de vitrines, atraindo os olhares, sendo alvo de comentários e
sendo chamadas de belas, quase que por unanimidade e me pergunto: de onde vem
tudo isso?
Quem ou o quê determina o que é
belo ou o que é feio?
Como e porque esses padrões de beleza surgem?
O que faz de alguém belo? Ou
feio?Como e porque esses padrões de beleza surgem?
Segundo a idiotice dos supostos
estudos científicos, a beleza provém da harmonia dos traços e do corpo, isto é,
ela é o resultado da simetria e do equilíbrio que existe entre as partes de
alguém: uma espécie de combinação harmônica, uma espécie de “perfeição” do
conjunto.
Claro que a tal simetria é baseada em padrões estéticos pré-estabelecidos pelo status quo.
Pensem nas madonas dos séculos
passados que eram tidas como belas e que hoje são tidas como horrendas!Claro que a tal simetria é baseada em padrões estéticos pré-estabelecidos pelo status quo.
Pensem nos homens dos anos 50, com suas belezas hollyoodianas e que serviam de padrão aos milhares de homens da época e que hoje não inspiram nenhum a segui-los e nem arrancam suspiros de mulher alguma!!
Pensem no século I, ou no XX, onde ser belo certamente era muito diferente do que ser belo hoje.
Então, a harmonia não está na
combinação ou na suposta perfeição dos padrões estéticos impostos e que variam
de acordo com o tempo.
A Beleza, essa com “B” maiúsculo,
tem que estar acima do que é transitório
e passageiro.
Ou seja, a Beleza tem que ter a
ver com essência e isto não morre nunca, não acaba, não muda, porque o que é Verdadeiro
tem que ser permanente e eterno.
Creio nisso com toda a profundidade.
Creio nos olhos de quem olha e
suas riquezas; creio no observado, com suas riquezas....Creio nisso com toda a profundidade.
Creio que a harmonia está na relação entre todos os aspectos existentes num indivíduo, numa cidade, num objeto, numa planta, num animal ou no quer que seja.
A beleza é o resultado da interação desses aspectos, sejam eles acordes dissonantes ou consoantes da personalidade de alguém ou de algo, ou seja, sua essência manifestada.
A música dodecafônica, com suas
lindas dissonâncias e consonâncias é um exemplo maravilhoso disso.
Mas.....para enxergar a
verdadeira beleza que existe nas pessoas e em tudo, é preciso ir para dentro, em tudo aquilo que se observa e que se vive.
A Beleza, certamente, parte de
dentro.
É um mergulho, antes de tudo.
Tenho uma tímida definição para a Beleza:
É algo ou alguém que nos toca, porque reverbera em nossa própria essência.
Poderá ser uma flor murcha e
linda; poderá ser um gatinho idoso ao qual amamos, poderá ser um deserto aparentemente
sem vida biológica, mas vivo e maravilhoso aos nossos olhos, ao nosso espírito.É um mergulho, antes de tudo.
Tenho uma tímida definição para a Beleza:
É algo ou alguém que nos toca, porque reverbera em nossa própria essência.
(Particularmente, desde criança, sou
cronicamente apaixonada por todos os desertos desse mundo e as mais belas
praias deste planeta e seus mares nunca me inspiraram para coisa alguma nessa
vida!)....
Ser belo....ser feio.....Até onde a ditadura das maiorias, esse infame fenômeno, se interpõe sobre nossas visões de mundo?
Sobre nossos conceitos de beleza e feiúra?
E para quem preferiu ler esta postagem antes de ver o episódio que indiquei, vai aí novamente o link.
Não deixem de ver.
Em inglês, legendado em
português: